quinta-feira, 23 de junho de 2011

QUEM SABE , SABE ... (Divórcio Judaico)

QUEM SABE , SABE

Divórcio judeu

Antevéspera do Ano Novo Judaico. Boris Sylberstein, patriarca judeu, e a mulher, Sara, moradores num Kibutz perto de Tel Aviv, visitam um dos seus filhos na capital de Israel:

- Jacobzinho, odeio ter que te estragar o dia, mas o Pai precisa de te dizer que a Mãe e eu nos vamos separar, depois destes 45 anos!

- O Pai enlouqueceu! O que é que está a dizer? - grita Jacob.

- Já não conseguimos sequer olhar um para o outro. Vamos separar-nos e acabou-se! Liga à tua irmã Raquel a contar.

Apavorado, o rapaz liga para a irmã, que vive em Viena e conta-lhe a terrível notícia. Raquel fica em estado de choque, ao telefone:

- Os nossos pais não podem separar-se de maneira nenhuma! Chama já o Pai ao telefone!

O ancião atende e a filha balbucia na maior emoção:

- Não façam nada até nós chegarmos aí amanhã, ouviu? Vou telefonar também ao Moisés para São Paulo, ao Salomão para Buenos Aires, e à Ester para Nova Iorque, e amanhã à noite estaremos aí todos. Ouviu bem Pai?

Desliga, sem esperar pela resposta do Pai. O velho pousa o auscultador no descanso, vira-se para a mulher, e, sem que Jacob ouça, diz-lhe em voz baixa:

- Pronto, Sara, vêem todos para a Ano Novo. Só que desta vez não temos de pagar as passagens!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

De Rei e de Louco...!

De Rei e de Louco...!

Existem, em hebraico, duas palavras muito semelhantes: melech, que significa rei, e lemech, que significa louco. Os sábios ensinaram que a letra m também significa moach, ou mente, e que a letra l, também significa lev, coração. Nesse sentido, se uma pessoa coloca a mente à frente do coração, o m antes do l, ele ou ela é um melech, um rei. Mas se esse indivíduo colocar o coração em primeiro lugar, e só depois a mente, ou seja, o l antes do m, é um louco. Isto adapta-se bem aos nossos dias, onde as pessoas são dominadas pelos seus sentimentos. «Ora, eu senti que esta era a melhor coisa a fazer», ouvimos com frequência. Os sábios de antigamente chamar-lhes-iam loucos. A vida não é, em última análise, apenas aquilo que nós sentimos. É o que nós sabemos. Quando entramos no Mundo do Saber, estamos aptos a fazer julgamentos válidos sobre que é certo ou errado, sobre o caminho que devemos seguir, sem sermos desencaminhados para um pântano de relatividade. A Árvore do Conhecimento é essencialmente redentora. Não hesitem, tirem o fruto. Comam. Ele torná-los-á sábios.

Kenneth Hanson em "Segredos da Bíblia Perdida", casa das letras, 2004, página 28, sobre Os sábios quatro caminhos da Cabala judaica: Saber (Briyah), Ser (Atzilut), Sentir (Yetsirah) e Fazer (Asiyah).